O paciente, de 63 anos à época, chegou ao hospital de ambulância sentindo fortes dores no peito e foi atendido por uma pessoa que se identificava como sendo o "doutor Ariosvaldo Diniz Florentino". O suposto médico receitou alguns medicamentos e o liberou, diagnosticando-o com um simples "mal-estar".
No dia seguinte, ainda sentindo dores no peito, de acordo com o relato feito à Justiça, o paciente procurou um especialista que, após uma bateria de exames, disse que ele sofrera um infarto e determinou sua imediata internação em outro hospital, onde permaneceu por nove horas na UTI e passou por uma intervenção cirúrgica (cateterismo e angioplastia).
Após receber alta, o paciente soube pelo noticiário da TV que o tal doutor Ariosvaldo que o atendera no Samaritano era, na verdade, um impostor.
Seu nome verdadeiro era Fernando Henrique Guerrero, um ex-estudante de medicina que largara o curso e se apresentava como médico com base em uma documentação falsificada. Ele inserira a sua foto no currículo de um profissional.
Guerrero confessou o crime à polícia e acabou condenado em processo criminal.
Na defesa apresentada à Justiça, o Samaritano afirmou não ter responsabilidade sobre o caso, pois o falso médico teria sido selecionado por uma empresa terceirizada, chamada Santos Ferreira, que prestava serviços no hospital.
Disse que tomou todas as precauções, solicitando a documentação do médico prestador de serviço. "Naquele momento não havia qualquer irregularidade ou suspeita de falsidade ideológica", declarou à Justiça.
O hospital afirmou não ter praticado qualquer ato ilícito.
Fonte: Uol