A Operação Expurgo, deflagrada nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal em oito cidades da Costa do Descobrimento e Extremo Sul da Bahia, afastou 14 servidores. Três deles atuavam em Santa Cruz Cabrália – Joyce Carinne Melo dos Santos, Dayse Monteiro Salustiano e Robson Cesar de Aquino; outros dois em Itapebi – Sidinei Teixeira de Sousa e Wender Santos Alves; e dois em Belmonte, Mouzer da Motta Lopes de Oliveira e Rosvel Silva Cruz.
Outros quatro servidores afastados eram de Mucuri, dois de Medeiros Neto e um de Teixeira de Freitas.
ESQUEMA FRAUDULENTO – A investigação teve início a partir da suspeita de que as empresas RM Comercial e JL Candeia Produtos Hospitalares e Limpeza teriam sido beneficiadas em esquema de fraude à licitação supostamente operado, em 2020, pela então prefeita de Medeiros Neto, Jadina Paiva Silva (PP), com a participação de secretários e servidores municipais.
O esquema também envolveria as empresas Casa do Doutor Produtos Hospitalares, Novo Tempo Produtos Hospitalares e Consmed Serviços Técnicos.
Segundo a investigação, não houve participação de servidores de Porto Seguro no esquema fraudulento. A busca apreensão ocorrida nesta quinta-feira no município foi na casa de uma das investigadas. Na época, ela atuava como tesoureira na Prefeitura de Santa Cruz Cabrália, na gestão de Agnelo Santos, e atualmente mora em Porto Seguro.
Em Itapebi, as fraudes teriam ocorrido, segundo a PF, durante a gestão do prefeito Juarez Oliveira, conhecido como Peba. Em Belmonte, durante a gestão do prefeito Bebeto Gama.
PREJUÍZOS MILIONÁRIOS – Conforme investigação da Polícia Federal, foram identificados dois grupos empresariais que se utilizavam de pessoas jurídicas para fraudar a concorrência e lisura dos certames licitatórios, principalmente na área da saúde.
O primeiro grupo é formado por pelas empresas JL Candeia Produtos Hospitalares e Limpeza e RM Comercial. Já o segundo grupo é formado pelas empresas Casa do Doutor Produtos Hospitalares, Novo Tempo Produtos Hospitalares e Consmed Serviços Técnicos.
Os prejuízos são, até o momento, estimados em R$ 5 milhões. Contudo, o grupo movimentou R$ 92 milhões em suas contas bancárias.
Os envolvidos responderão por diversos crimes, cujas penas, somadas, podem chegar a mais de 20 anos de reclusão.
Fonte: Radar.News