Mais 150 policiais realizaram ações para reprimir a disputa entre grupos criminosos, no município de Eunápolis, durante a primeira fase da Operação Rixa, deflagrada pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (3).
Investigações da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis) resultaram na transferência de 14 internos da unidade prisional, suspeitos de influenciar a criminalidade e a rivalidade entre os grupos.
Segundo o delegado Moisés Damasceno, dos 14 presidiários transferidos para unidade de segurança máxima, 11 saíram de Eunápolis e três dos presídios de Teixeira de Freitas, Itabuna e Irecê.
“E, com a ação de hoje, conseguimos transferir esses indivíduos, porque não adiantava apenas realizarmos o combate a quem estava efetivamente se enfrentando, até porque, segundo as nossas investigações, a maioria dessas pessoas estão sendo obrigadas a ficarem na área de conflito. Recebem determinação e se desobedecerem e não irem para o local, podem até ser mortos pela própria facção criminosa”, afirma o delegado.
As transferências para o regime disciplinar foram autorizadas pela 1ª Vara Criminal e Execuções Penais da Comarca de Eunápolis. Para o delegado, esses enfrentamentos vinham resultando em alto número de homicídios e troca de tiros.
“E hoje, o objetivo principal da operação foi alcançado. Então, com isso, acreditamos que possamos fazer outras etapas da operação par alcançar, efetivamente, quem praticou os crimes, quem executou essas ações, quem praticou homicídios, e uma série de outros crimes que nós estamos apurando”, frisa o delegado.
Nas ações também foram realizadas buscas e apreensões. Paralelamente, investigações em campo são realizadas por equipes da Polícia Civil, em localidades da cidade.
“Esses elementos que foram colhidos, nos presídios e fora dele, vão servir de base para as próximas fases. Não vamos parar por agora, pois pretendemos prender todos esses indivíduos que praticaram e atormentaram a paz social no município”, finalizou.
Participam das ações policiais civis da 6a Coorpin/Itabuna, 7aCoorpin/Ilhéus, 8a Coorpin/Teixeira de Freitas, 10a Coorpin/Vitória da Conquista, 20a Coorpin/Brumado e 21a Coorpin/Itapetinga, da Coordenação de Operações Especiais (COE), além do apoio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), do 8o Batalhão de Polícia Militar de Porto Seguro, 7a Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) de Eunápolis, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Mata Atlântica) e Rondesp Sul.
A operação também tem o apoio das Secretarias de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), da Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Inteligência (SI), e do Departamento de Polícia do Interior (Depin).
“O papel da Polícia Militar foi garantir o policiamento e dando apoio às ações da Polícia Civil, através de policiamento ostensivo em toda a área, principalmente nos bairros em conflito. E temos intensificado as ações nos bairros conflagrados, com a apreensão de armas, drogas e artefatos explosivos”, afirmou o comandante da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar, major Wagner Ribeiro.
“Essa operação é muito importante, porque marca uma atuação conjunta interinstitucional. É importante essa atuação justamente porque, cada vez mais, a dinâmica da criminalidade desafia as instituições de segurança, que são desafiadas a realizarem um trabalho intenso no sentido de combater a criminalidade”, ressaltou o coronel Cléber Santos, diretor do presídio de Eunápolis.