O Hospital Regional de Eunápolis realizou, neste fim de semana, mais um mutirão de cirurgias eletivas. Entre a sexta-feira (23) e o domingo (25), foram feitos cerca de 60 procedimentos de histerectomia, laqueadura, herniorrafia, colecistectomia, hemorroidectomia e hérnias umbilicais.
Neste ano, já foram realizados cinco mutirões, atendendo um total entre 320 e 360 pacientes, destacou o médico cirurgião-geral Raphael Matos.
Ele agradeceu à prefeita Cordélia Torres e à Secretaria Municipal de Saúde pelo empenho e apoio que vem sendo dado para a realização desses mutirões, contribuindo para aliviar o sofrimento dos pacientes que aguardam na fila.
Segundo o médico, durante o fim de semana, por exemplo, foram feitas duas cirurgias de útero em pacientes que aguardavam havia oito anos pelo procedimento. “A gente imagina o sofrimento dessas mulheres”, lamentou.
GRANDE DEMANDA REPRIMIDA – O diretor do Hospital Regional, Lúcio França, afirmou que, antes dos mutirões deste ano, havia uma fila de 1.600 pessoas cadastradas no município para cirurgias eletivas. Ele calcula que, depois das cinco edições já realizadas, aproximadamente 1.300 ainda aguardam por esse tipo de procedimento.
O diretor atribuiu a grande demanda reprimida em Eunápolis à falta de realização de mutirões nas gestões anteriores e à pandemia de Covid-19, período em que todas as cirurgias eletivas feitas pelo SUS foram suspensas.
A prefeita Cordélia tem investido recursos próprios do município nos mutirões, que estão sendo feitos pelo menos uma vez por mês”, disse França, acrescentando que o próximo mutirão deve acontecer possivelmente em outubro, em data ainda a ser marcada pela Secretaria Municipal de Saúde.
ESFORÇO PARA REALIZAÇÃO – De acordo com Lúcio França, a organização de um mutirão demanda um alto custo e grande número de pessoas envolvidas. “Para que aconteça, são necessárias, em média, 30 pessoas”, explicou.
“É necessário montar uma estrutura própria para esse tipo de ação, porque as cirurgias de urgência e emergência continuam sendo realizadas no hospital durante os mutirões”, disse.
Segundo o diretor da unidade, nos últimos dias, o Hospital Regional está superlotado, por isso foi preciso criar uma ala específica para receber os pacientes atendidos nas cirurgias eletivas realizadas no final de semana.
PACIENTES ELOGIAM ATENDIMENTO – Alívio e gratidão. Esses são os sentimentos em comum externados pela maioria dos pacientes atendidos no mutirão do Hospital Regional. Cleuza Borges, de 47 anos, estava há três anos na fila aguardando para realizar uma cirurgia. “A sensação é ótima e os médicos são maravilhosos, nos atenderam muito bem”, elogiou.
Já Maria da Penha Pereira dos Santos, de 66 anos, disse estar feliz e tranquila, após finalmente ter passado pelo procedimento pelo qual aguardava havia dois anos.
Fonte: RadarNews
