O velório de Jô Soares, morto nesta madrugada aos 84 anos, não será aberto ao público. Sua ex-mulher, Flavia Pedras, sugeriu nas redes sociais que os fãs do comediante celebrem sua vida com um brinde. "Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida."
José Eugênio Soares estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo desde o dia 28 de julho, para tratamento de uma pneumonia. A causa da morte não foi divulgada.
No post em que anunciou a morte de Jô, Flavia fez sua homenagem: "Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem". "Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores."
José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro, filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares. Se mudou com a família para Europa, aos 12 anos, onde pretendia seguir carreira diplomática.
Com a arte falando mais alto em sua vida, conseguiu ter uma carreira marcante e extensa como humorista, apresentador de televisão, escritor, diretor e ator. Sua estreia foi em “O Homem do Sputnik”, filme de Carlos manga de 1958.
Posteriormente, três anos depois, atuou em programas como “La Reuve Chic”, “Jô Show” e “A Família Trapo”, na TV Record, além de escrever o “Simonetti Show”.
Chegou na Globo em 1970, onde estrelou o “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, programa substituído pelo Satiricom em 1973. Depois de trÊs anos, partitcipou como ator e redator, de “Planeta dos Homens” até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa, “Viva o Gordo”.
O programa marcou a carreira do artista, onde popularizou personagens marcantes como Reizinho, Capitão Gay e Zé da Galera. Em 1987, trocou a Globo pelo SBT para apresentar um programa de entrevista, que era um dos seus maiores sonhos.
O “Jô Soares Onze e Meia” foi ao ar entre 1988 e 1999, com mais de seis mil entrevistas com grandes personalidades brasileiras e internacionais. Em 2000, o humorista retornou à Globo para o icônico “Programa do Jô”, encerrado em 2016.
Fonte: Bnews