Antes de matar a mulher e os dois filhos, e de cometer suicídio, o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Nilson Cosme Batista dos Santos (foto principal) ligou para o 14º Batalhão da PM, em Planaltina, para avisar sobre a chacina. O policial estava muito nervoso e disse que mataria todos. Ainda durante a ligação, os militares chegaram a ouvir diversos tiros.
Cerca de cinco minutos após o chamado, uma equipe foi até a residência, localizada na Quadra 161, no Setor Tradicional, em Planaltina. Os PMs tentaram contato com a família, mas ninguém respondeu.
Os policiais militares perceberam sinais de fumaça no imóvel, arrombaram o portão e acionaram o Corpo de Bombeiros. Durante todo o tempo, os PMs chamavam por Cosme e tentavam contato com os moradores.
Portas e janelas da casa estavam totalmente trancadas. Ao forçar a entrada, a guarnição viu um corpo ao chão, em um dos quartos. Dois policiais ainda tentaram arrastar o corpo para tirá-lo das chamas. Contudo, devido à fumaça, não conseguiram. Um galão vazio cheirando a álcool também foi encontrado no local.
O incêndio foi contido pelo Corpo de Bombeiros, que também fez a retirada de quatro corpos. Perto de um dos mortos foi encontrada uma pistola CZ .9mm, da PMDF.
Depressão
Em uma conversa com colegas de quartel dois dias antes de matar a família e cometer suicídio, o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Nilson Cosme Batista dos Santos reclamou que estava exausto e sob pressão. Ele também alegou que não conseguiu fazer tratamentos de saúde, aparentando estar em depressão.
Sem se identificar, um colega do policial lembrou do desabafo feito dias antes da chacina. “Ele reclamava que sofria muitas cobranças, mas não tinha assistência e precisava fazer tratamento. A família pegou Covid, ele estava muito estressado e passando dificuldades. Contou que estava constantemente sob pressão”, detalhou.
As vítimas da chacina ocorrida em Planaltina nesta quinta-feira (10/2) foram identificadas como Maria de Lourdes Furtado, 50 anos; Lucas Furtado dos Santos, 16; e Isaac Furtado dos Santos, 21. Mãe e filhos foram assassinados pelo pai dos jovens, Nilson dos Santos.
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