O final do ano chegou e alguns governos, a exemplo da cidade de Itagimirim, onde a gestão já anuncia encerramento das ações e serviços, por conta de não terem logrado êxito na reeleição, adotam um modus operandi já conhecido da ampla sociedade, comumente utilizado pela grande maioria dos prefeitos e prefeitas dos municípios espalhados pelos quatro cantos do país ou em sua totalidade.
Em Itagimirim, a realidade não é diferente. A execução das obras prometidas ao longo de quatro anos de governo está longe de acontecer para atender os anseios da população. O que não foi feito durante os 3 anos e 11 meses de mandato está sendo feito agora “aos 45 minutos do segundo tempo” quando o jogo já está praticamente decidido, parafraseando um termo do futebol para dizer, em outras palavras, nos últimos meses de governo, quase em fim de mandato. A população desses municípios tem se perguntado: qual o real motivo dessa movimentação de obras feitas às pressas, e que, na maioria das vezes, são totalmente mal feitas? Os munícipes sofrem sem as obras que precisam na cidade, que não recebeu uma obra sequer desse governo.
A atual gestão municipal é contra as obras, mas o que a população esperava é que fossem feitas durante os quatro anos de governo, não em véspera de eleição ou no final de mandato. As lideranças políticas e a população denunciam o que muitos classificam de “obras para tentar ganhar as eleições” ou “obras para obter vantagem econômica de forma ilícita”.
O fato é que as campanhas eleitorais não são nada baratas. Os gastos durante as eleições são, às vezes, inimagináveis e servem de motivação para “meter a mão” no dinheiro dos caixas da prefeitura. Por esse motivo, para que os derrotados não saiam com “a mão na frente e outra atrás” da máquina que tanto gera dinheiro, a invenção de obras eleitoreiras de fachada, muitas delas, jogadas às traças, inacabadas ou, até mesmo, paradas que se acumulam ao longo do tempo é evidente e inevitável, somando prejuízos em áreas fundamentais. Não sabemos se é o caso de Itagimirim, mas é o que muitas pessoas comentam. Este descaso tem causado a revolta do povo, que vê passivamente o seu dinheiro escorrendo pelo ralo, sem nenhuma intensão e/ou pretensão que seja recuperado.
A maior desconfiança é que nesse restinho de mandato, prefeitas e prefeitos derrotados tentam dar seu último suspiro para arrecadar dinheiro da prefeitura para se apropriar indevidamente em benefício próprio através dessas obras sem nexo ou o chamados ‘elefantes brancos’ que, na verdade, só atrapalham os futuros prefeitos que assumirão o mandato a partir do dia 1º de janeiro.
Em alerta, o povo de Itagimirim está vendo tudo isso e todo mundo sabe que a prefeita começou a trabalhar agora no finzinho de governo, apenas para fazer obras eleitoreiras, decisão tarde demais para quem deixou a cidade em estado de total abandono.
O descaso é tão grande que, diante dessas circunstâncias, ficam bem claro a falta de interesse desses governantes com o bem-estar da população e a preocupação com seus próprios interesses ao se apropriar indevidamente do dinheiro público, recurso esse que a população necessita para a manutenção de seu bem-estar ou, às vezes, até para adquirir obras necessárias e essenciais para a melhoria de suas vidas.
A situação vem revoltando os itagimirienses que estão cansados de esperar pelas benfeitorias e sabem que os mesmos que cometem esses tipos de absurdos com o dinheiro do povo ‘ressurgirão das cinzas’ no próximo pleito e estarão com o sorriso aberto no rosto pedindo novamente votos no próximo pleito, mas a população acordou e decidiu de vez virar as costas para quem comete ou pratica ilicitudes que envergonham a cidade e as pessoas de bem do município.